
Mercados em queda após nova rodada de tarifas
A guerra comercial impulsionada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resultou em perdas de até US$ 10 trilhões nas bolsas internacionais, em meio a uma crescente aversão ao risco por parte dos investidores. O movimento foi deflagrado com o anúncio de uma tarifa universal de 10% sobre todas as importações, complementada por sobretaxas específicas — como 54% sobre produtos chineses e 20% sobre itens da União Europeia.
A reação nos mercados foi imediata. No dia 3 de abril, o índice Dow Jones registrou uma queda de quase 1.700 pontos, o equivalente a 4%. Outros índices americanos, como o S&P 500 e o Nasdaq Composite, também apresentaram perdas significativas.
Impacto global: Ásia e Europa também sentem os efeitos
A volatilidade não se restringiu ao território norte-americano. Em Hong Kong, o índice Hang Seng despencou 13% em um único dia, atingindo o maior recuo em quase trinta anos. Já o TAIEX, da Bolsa de Taiwan, caiu 9,7%, marcando a maior perda de sua história.
As repercussões negativas atingiram ainda os mercados europeus, que aram a considerar contramedidas. A União Europeia propôs um acordo de “tarifa zero por zero”, buscando eliminar tarifas sobre bens industriais e avançar nas negociações comerciais.
Economia global em alerta: risco de recessão
O movimento tarifário foi duramente criticado por analistas e instituições financeiras. O Deutsche Bank alertou para o risco de colapso não apenas do mercado de ações norte-americano, mas também da economia global. O alerta é compartilhado por líderes empresariais: Larry Fink, CEO da BlackRock, afirmou que “a maioria dos CEOs já acredita que os EUA estão em recessão”.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também se manifestou, destacando que as tarifas impam riscos significativos à economia global, eliminando trilhões de dólares do valor das principais companhias listadas nas bolsas mundiais.
Reações e incertezas à frente
Enquanto os impactos das medidas tarifárias se aprofundam, o cenário segue incerto. A istração Trump condicionou qualquer negociação com a União Europeia à redução de barreiras não tarifárias, como o IVA e regulamentações rígidas. Ao mesmo tempo, os mercados continuam reagindo de forma instável diante da escalada comercial promovida pelos Estados Unidos.
A tensão entre as potências econômicas e os efeitos colaterais dessa política protecionista ainda estão longe de um desfecho, deixando o ambiente global sob forte pressão e incerteza.