O vereador Cleiton Cesar Agnoletto apresentou uma moção de apelo no plenário da Câmara de Vereadores de Chapecó solicitando a formação de uma força-tarefa para a remoção de fios e cabos soltos, pendurados e amarrados em postes que não estão mais em uso no município. A proposta inclui a atuação conjunta da Prefeitura Municipal, da Secretaria de Infraestrutura, da Celesc e das empresas provedoras de internet via cabo.
Segundo Cleiton Cesar, o problema dos fios abandonados nas vias públicas é recorrente, causa poluição visual e representa risco à segurança de pedestres e motociclistas.
“Já tivemos acidentes registrados por causa de fios soltos. Precisamos agir com urgência para proteger a população”, afirmou.
O vereador criticou ainda a falta de comprometimento de algumas empresas na hora de recolher o material excedente.
“O que me incomoda é a frase ‘a responsabilidade não é minha’. Quando se trata de fazer o bem à comunidade, a responsabilidade é de todos”, declarou Cleiton Cesar.
Além de propor a retirada dos fios, a moção também sugere que os materiais recolhidos sejam encaminhados para reciclagem, com possibilidade de doações a entidades assistenciais a partir dos recursos arrecadados.
Ações já em andamento
A proposta do vereador se soma a ações já em curso no município. Em reunião realizada no dia 29 de novembro de 2024, foi avaliado o andamento do Protocolo de Intenções firmado entre a Prefeitura de Chapecó, a Celesc e empresas de telecomunicação, assinado em fevereiro do mesmo ano. O encontro foi convocado pelo presidente da Câmara, vereador Andre Kovaleski (PL), e destacou avanços, mas também desafios no processo de retirada de cabos em desuso.
Participaram da reunião o gerente regional da Celesc, André Curtarelli, o engenheiro Tulio Farias, o eletricista Evandro Brazzo, o presidente do Observatório Social de Chapecó, Vilmar Matielo, além de mais de dez representantes do setor de telecomunicações.
Curtarelli explicou que, desde a formalização do protocolo, mutirões quinzenais ou mensais têm sido realizados para retirada dos cabos, e que a própria Celesc orienta que a remoção ocorra no mesmo dia da instalação de novos serviços.
Apesar disso, representantes das empresas apontaram os altos custos de descarte, que variam entre R$ 5 mil e R$ 6 mil por mês. Uma negociação está em andamento com uma empresa de reciclagem em Florianópolis para dar destino adequado ao material recolhido.
Kovaleski afirmou que a Câmara irá formalizar pedidos para que a Celesc assuma os custos de descarte e que o Poder Público reforce a fiscalização sobre veículos pesados, que frequentemente rompem cabos nas vias urbanas. Também será solicitada a criação de rotas alternativas para esses veículos.
A plataforma Chapecó Digital também está sendo utilizada como ferramenta de apoio. No ícone “Iluminação Pública”, moradores podem registrar ocorrências de fios caídos ou que ofereçam risco à população.
Mobilização por resultados
A iniciativa de Cleiton Cesar reforça o apelo por uma solução integrada, permanente e responsável, que una o poder público, empresas e a comunidade em torno da melhoria da infraestrutura urbana de Chapecó. Se implementada com eficiência, a força-tarefa poderá trazer mais segurança, organização visual e ainda gerar impacto social positivo com o reaproveitamento dos materiais descartados.
